Princípios Programáticos

POSTULADOS

I

O Supremo Conselho para Portugal dos Soberanos Grande Inspectores Gerais do 33.º e Último Grau do Rito Escocês Antigo e Aceite, adiante designado por Supremo Conselho, reafirma a sua indestrutível lealdade para com Portugal, as suas leis e Constituição e o respeito pela sua bandeira.

II

O Supremo Conselho reconhece como representante da Maçonaria Regular Portuguesa a Grande Loja Regular de Portugal (GLLP/GLRP).

III

O Supremo Conselho respeita as Constituições de 1762, emitidas em Bordeaux, França pelos Príncipes do Real Segredo, e as Grandes Constituições de 1786 do Grau 33 emitidas em Berlim, revistas em reunião de Supremos Conselhos de Lausanne, em Setembro de 1875.

 

PRINCÍPIOS

§ § § §

1. O Supremo Conselho reitera que o objectivo fundamental da Maçonaria é melhorar e fortalecer o carácter e a educação do indivíduo e, através do indivíduo, a qualidade da comunidade, particularmente os seus valores morais e éticos.

2. O Supremo Conselho é uma aliança de homens livres que trabalha para o progresso espiritual, moral, intelectual e material da Humanidade.

3. O Supremo Conselho prossegue os seus princípios sem descriminação da etnia, sexo, credo ou religião ou grupos étnicos.

4. O Supremo Conselho afirma a sua adesão continuada à regra da Maçonaria, honrada através dos tempos, que proíbe a discussão, dentro das portas do Templo, de credos, política, negócios e interesses comerciais ou outros que desperte a apetência ou animosidades pessoais.

5. O R∴E∴A∴A∴ assenta em nove princípios fundamentais: venerar a Deus, o G∴A∴D∴U∴ e cultivar a espiritualidade; investigar a verdade, defender a liberdade; amar o próximo, manter entre si a fraternidade; obedecer às leis do país; praticar a justiça; combater a ignorância; trabalhar pela felicidade da Humanidade.

6. O Espiritualismo, o Humanismo e a Liberdade são as três colunas que sustêm o Escocismo, sendo o R∴E∴A∴A∴ um Rito tradicional iniciático baseado nestes três elementos e assentando sobre a profunda fraternidade maçónica.

7. O Espiritualismo, o Humanismo, a Fraternidade e a Filantropia, não são para os maçons escoceses conceitos vazios de conteúdo. A estas virtudes maçónicas chega-se através do esforço individual e colectivo, utilizando uma tradição iniciática e progressiva (o Rito é um método) que possibilita uma espiritualidade aberta à liberdade, ao humanismo, à igualdade e a uma autêntica fraternidade universal entre os homens.

8. A filosofia escocesa tem que afirmar a sua mensagem universalista da liberdade e tolerância contra o fanatismo, o fundamentalismo religioso e o racismo xenófobo.

9. Os princípios do R∴E∴A∴A∴ não devem ser reduzidos à pura abstracção teórica. A sua missão é transmitir luz.

10. O R∴E∴A∴A∴ advoga o respeito para com todas as religiões, defendendo a liberdade religiosa e de culto, a independência do poder político perante o religioso, e consequentemente a separação entre a Igreja e o Estado.

11. O R∴E∴A∴A∴ destaca a importância da consciência, da introspecção e do silêncio para uma perfeita procura individual e compreensão interior, postulando o triunfo da razão sobre a ignorância, proclamando a importância do culto das virtudes e da liberdade de consciência e de pensamento.

12. A missão do R∴E∴A∴A∴ é sempre construir. Construir o edifício supremo de uma ordem iniciática. Construir o homem e construir a sua fraternidade. Em resumo, fazer melhores maçons, tudo isto dentro da unidade harmoniosa nos Corpos Subordinados do Supremo Conselho

13. Num sentido interno e estrutural os distintos Corpos Subordinados devem construir-se mantendo um perfeito equilíbrio entre a sua identidade e a obediência indiscutível ao Supremo Conselho.

14. No plano internacional advoga-se a liberdade e independência das Nações numa concepção universalista e fraternal.

15. Porque os fins do Escocismo são de uma grande transcendência para o futuro da Humanidade, deve o Supremo Conselho trabalhar em aperfeiçoar a aplicação do Rito dentro dos Corpos Subordinados para que sejam cada vez melhores em ordem à criação de espaços iniciáticos de espiritualidade, liberdade e progresso.

16. Por último o R∴E∴A∴A∴ propõe a existência de textos Constitucionais que contenham os princípios enunciados em que fique salvaguardada a liberdade e a justiça contra o abuso do poder, devendo estar o poder militar subordinado sempre ao poder civil.