XIX CONFERÊNCIA MUNDIAL DE SUPREMOS CONSELHOS

PORTUGAL, MAIO DE 2015

O Supremo Conselho para o Portugal organizou em Lisboa, de 13 a 17 de Maio do corrente, a XIX Conferencia Mundial dos Supremos Conselhos.

O tema escolhido para a conferência foi:

CAMINHOS PARA UM FUTURO MAIS HUMANO

Contribuições do REAA

Horizontes para o pacto Social e para um pacto Natural

A missão da Maçonaria na formação de líderes capazes de encontrar novos caminhos para a sociedade através de acções esclarecidas, novas perspectivas e novas propostas baseadas em sólidos princípios éticos e morais.

Relembremos pela sua importância excertos da alocução de abertura da Conferência feita pelo seu Presidente, o MP Soberano Grande Comendador Para Portugal, o Ill Ir Agostinho Garcia após afirmar que o nosso Rito e a Maçonaria em geral são Academias no sentido Platónico do termo; locais onde “se erguem templos à Virtude e masmorras ao Vício”, com vista à difusão da Felicidade.

É a contribuição para a vida profana, para a qual estamos vocacionados, que justifica a nossa própria existência de maçons do Rito Escocês Antigo e Aceite já que, para além do nosso próprio aperfeiçoamento individual, visamos o bem do Homem e a harmonia da sua vida em Sociedade.

Não cabendo ao Rito a discussão de teorias políticas ou económicas e muito menos, a sua aplicação prática, tornasse, no entanto, imperativo, no quadro dos seus Princípios e regras universalmente aceites, o contribuir para a Felicidade do Homem.

O virar do século, o aparecimento de novas ideologias políticas ou a sua reformulação, o surgimento de falhas no modelo económico-financeiro mundial, a crise existencial experimentada por grande parte da população, as perspectivas sombrias do futuro próximo para a esmagadora maioria da Juventude, apresentam novos desafios à Maçonaria, cuja complexidade é semelhante daqueles que, ao longo da História, têm feito a Arte Real reinventar-se a si mesma, se não na sua essência, pelo menos na sua projecção para o Mundo Exterior.

Nestes tempos algo conturbados, em que o descontentamento dos povos parece roçar já os limites da revolta – mais ou menos patente, cabe certamente aos Maçons, enquanto iniciados nos mistérios da condição humana, um papel preponderante na tarefa de lhes devolver a esperança.

Que é chegado o momento em que os Maçons têm de intervir na criação das condições básicas para um novo Contrato Social, e no estabelecimento de um Pacto Natural, suficientemente abrangente a nível mundial, que permita aos diversos Povos, Nações e Estados, a prossecução das boas práticas da vida em sociedade.

Temos pois que transmitir para fora do Templo, aquilo que antevimos no seu interior.

Estiveram presentes na Conferência 39 Supremos Conselhos e 103 participantes, Delegados e Observadores.

Por consentimento unânime a primeira intervenção da Conferência coube ao Presidente da Confederação de Supremos Conselhos Europeus, Jean-Luc Fauque, 33.º, Soberano Grande Comendador para a França, para uma apresentação sobre os fins e objectivos da mesma e trabalho entretanto realizado.

Seguiram-se as diversas comunicações dos vários Supremos Conselhos na Conferência versando o tema escolhido pelo Supremo Conselho organizador trouxe uma ampla e profunda reflexão a todos os participantes presentes.

Os temas, bem como a galeria de fotos e filme, que resume o evento, encontram-se disponíveis para consulta por acesso ao site da XIX Conferência e estará disponível até à próxima Conferência Mundial a realizar daqui a cinco anos.

De salientar o programa social que incluiu:

Visita das senhoras a Oceanário de Lisboa Considerado como o melhor aquário da Europa e o segundo melhor aquário do mundo.

Jantar com audição de fados, canção nacional portuguesa e património da humanidade, interpretados por Joana Viega e pelo IIl Ir João Pestana Dias, em salão de um dos principais edifícios do Terreiro do Paço, que se constitui como uma verdadeira sala de visitas de Lisboa;

Jantar de gala que se realizou na sala do trono do Palácio Real de Queluz, com audição da soprano Patrycja Gabrel, do tenor Bruno Almeida acompanhados ao piano por Lilian Kopke.

Visita ao mais emblemático palácio maçónico português, o “Palácio da Regaleira” em Sintra, bem como a parte emblemática e monumental da cidade de Lisboa em prol dos descobrimentos (Torre de Belém, Mosteiro dos Jerónimos e monumento das Descobertas);

Jantar em instalações da Marinha Portuguesa junto ao Oceano Atlântico com audição de cantares alentejanos, canção regional portuguesa e, também ela, património da humanidade interpretados por Coral Operário Alentejano do Centro Cultural das Paivas.

Cumpre salientar neste espaço o ambiente de grande fraternidade e tolerância que reinou entre todos os membros da conferência bem como o envolvimento activo dos membros do Supremo Conselho para Portugal que de uma forma voluntária se empenharam nas mais diversas tarefas quer na organização, quer no acompanhamento da Conferência, quer ainda nos diversos eventos sociais, factores esses que, no seu conjunto, determinaram o bem-estar, a alegria e a satisfação vivenciada no evento.